Valeu a pena migrar para o Xubuntu?

Este ano faria exatos dois anos que estava usando o Lubuntu como sistema padrão quando na semana passada resolvi que iria trocar de sistema. 

Com o lançamento do Lubuntu 18.04 resolvi instalar o sistema e torná-lo padrão, acontece que os problemas que apareceram não me permitiram. Sou um grande fã da interface LXDE, mas o que fizeram com o novo lançamento do Lubuntu me deixou um pouco abalado.
O primeiro problema que me apareceu foi com os ícones da área de trabalho que de uma hora para outra sumiam misteriosamente. Tentei encontrar uma solução para o problema no entanto não vi outras pessoas relatando o erro. 
Outro problema foi com relação ao gerenciador de arquivos que não passava 5 minutos sem parar de funcionar. Bastava abrir uma pasta com alguns arquivos de fotos que ele parava subitamente. 

É até comum problemas do tipo em lançamentos e sem dúvida esses que relatei serão resolvidos em breve, mas eu acabei optando por deixar o Lubuntu um pouquinho de lado e passar a explorar outros sabores do Ubuntu. A vez é do Xubuntu:
Acredito que uma das razões que faz com que muitos usem o Lubuntu é a leveza que o LXDE proporciona. Comigo o sistema iniciava com um consumo baixíssimo de memória e processos. Quando comecei a considerar passar a usar outra distribuição como padrão estudei qual seria a interface gráfica que se igualaria ao nível de consumo do LXDE. E a que melhor se encaixava no nível foi o XFCE. 


Interface

À primeira vista quando inicializei o sistema pela primeira vez foi a interface mais refinada em comparação com o antigo sistema que estava utilizado que chamou minha atenção. Apesar das semelhanças serem muitas (menus em cascata, por exemplo) o XFCE mostrou-se bem mais atraente ao meus olhos. 


As opções de personalizações são infinitamente maiores em comparação com o LXDE. Na internet existe diversos tutoriais ilustrando opções de temas, gerenciadores de janelas e ícones que podem ser adicionados ao sistema facilmente. 
Eu, por outro lado, optei por utilizar apenas os que já estava disponíveis no sistema por facilitar muito e não precisar instalar novos pacotes ao sistema e eventualmente deixá-lo lento. 

Os temas disponíveis no sistema adaptam-se muito bem de um modo geral, e isto me deixou muito admirado com o poder do XFCE. Eis o gerenciador de arquivo:




Desempenho e Consumo

Olhando as opções de personalização do XFCE e a gama de ferramentas que já vem por padrão no sistema (como exemplo o próprio LibreOffice) podemos pensar que tudo isso acaba pesando bem mais no sistema, entretanto não é bem isso que acontece. 
Como falei logo acima, quando comecei a cogitar mudar de sistema estudei qual seria a interface que mais se adaptaria às minhas limitações de hardware e o XFCE ficou em um nível aceitável. O consumo de memória RAM é baixo e o sistema não inicia rodando muitos processos. Consegui números entre 290 e 350 Mb de consumo de memória ao iniciar o sistema, números estes bem semelhantes com os do LXDE.
Evidentemente, com a adição de temas e afins o sistema pode vir a ficar mais gordinho, mas não é o caso. 

Neste momento com o navegador aberto e duas páginas o consumo de memória fica na casa dos 800 Mb, nada tão diferente do que acontecia quando estava usando o Lubuntu. Então se tens 2 Gb de RAM pode ter certeza que o sistema rodará liso na tua máquina. 



Aplicações

Como falei anteriormente, por padrão o Xubuntu já trás muitas ferramentas que pra mim são essenciais, tais como: LibreOffice, Firefox na versão mais recente, Thunderbird e um poderosíssimo pesquisador de arquivo chamado Catfish que me auxiliou muito no meu dia a dia. No Lubuntu faz muita falta uma aplicação como o Catfish. Existe sim alternativas, mas é muito diferente ter uma coisas que já vem toda integrada ao sistema à uma outra com limitações. 

Outra coisa a ser considerada é que o Xubuntu 18.04 já vem com suporte nativo aos pacotes Snap, o que quer dizer que através da central de programas do sistema será possível instalar diversas aplicações que já estão disponíveis em tal formato sem a necessidade de instalação de nenhum complemento. 


Valeu a pena migrar para o Xubuntu?

Sim, muito!

O desempenho do sistema mostrou-se bastante satisfatório e as opções de personalização que o XFCE proporciona é bastante legal, principalmente para aqueles que gostam de ter um sistema mais único.