O Diário de Anne Frank e como o estatismo cria monstruosidades


No dia 12 de junho de 1942, a garota judia que marcou toda a história relatando em ínfimos detalhes como era a vida de um judeu durante a segunda guerra mundial, ganhou o presente de aniversário que posteriormente veio a ser o diário mais famoso de todos os tempos; O Diário de Anne Frank. Uma garota, que até julho de 1942 levava uma vida comum de uma menina de 13 anos, teve sua liberdade subitamente subtraída quando toda a sua família teve que abandonar tudo que construiu ao longo de anos para esconder-se dos alemães que na época já haviam tomado a Holanda para si.

As condições de vida dos judeus durante a era Hitler eram sub-humanas. Constantemente, durante os fartos relatos em seu diário, a Anne agradece a Deus pelo pouco que a sua família conseguia obter através do mercado negro e de amigos que os acolheram em segredo por longos dois anos e por não estar em lugares piores como a Polônia, onde a opressão era terrível. A família Frank, como a própria Anne reconhece, foi privilegiada de certa forma por ter uma certa influência antes da caçada aos judeus intensificar-se. Os avós de Anne, muitos ricos, tiveram parte das suas riquezas diluídas durante a primeira guerra mundial no entanto os pais de Anne tiveram oportunidade de estudarem e abrirem negócios.

Prédio onde ficava o esconderijo da família Frank

A vida dos judeus que não tinham uma influência como os Frank alardeavam era horrível - por falta de uma palavra melhor. Para se ter uma ideia de como eram massacrados, na Holanda a partir da invasão alemã por volta de 1940, os judeus eram impedidos de usar os transportes públicos e até mesmo de andarem de bicicletas quando a coisa começou a apertar de fato. Negócios que pertenciam aos judeus eram constantemente destruídos inclusive por cidadãos comuns que eram incutidos, através de discursos nojentos porém manipulares, a odiarem os judeus e tudo o que os pertencesse.

Durante intermináveis dois anos, a família Frank junto com a família van Pels e mais um amigo dentista, também judeu, ficam confinados dentro de um esconderijo que durante todo o diário é chamado de Anexo Secreto. O tal esconderijo ficava aos fundos de um prédio onde era ocultado por meio de uma antiga estante de livros removível que dava acesso às escadas do anexo. Até os dias de hoje o tal anexo existe e pode ser visitado por qualquer um.

Estante removível que dava acesso ao esconderijo

No dia 1 de agosto de 1944, muito pouco tempo antes da guerra ter chegado ao fim, em 1945, a Anne escreve no seu diário pela última vez e fala sobre o que costumava escrever na grande maioria dos seus relatos - Sobre sua mãe que não a compreendia e os adultos que não a entendiam. Três dias depois após ter escrito seu último relato, a polícia de segurança alemã, acompanhada de alguns holandeses nazistas covardes e cagões, em 4 de agosto, invade o prédio e o anexo secreto e leva todos do esconderijo, junto com os amigos do pai de Anne que os ajudavam com o fornecimento de mantimentos. A partir daí, todos são levados para campos de concentrações onde o único do esconderijo que sai vivo após a guerra é o pai da Anne, que retorna para o lugar do esconderijo tempos depois e encontrar o diário da filha com um amigo.

O LEGADO DE ANNE FRANK

Os escritos que a jovem Frank imortalizou para todo o sempre nas páginas do seu diário e que já comoveu BILHÕES de pessoas em todo o mundo sendo um dos trabalhos mais traduzidos de toda a história da humanidade, mostra com maestria até onde o ser humano é capaz de chegar quando deposita sua confiança em líderes que supostamente os representa.

A mente de uma única pessoa, que sozinha não era capaz de portar uma simples arma - quem dirá então matar -, por ter a doença de Parkinson e sérias dificuldades de coordenação, foi capaz de ceifar a vida de SEIS MILHÕES  de judeus durante os anos de 1939 a 1945 - Adicione a essa conta todas as outras mortes durante a segunda guerra mundial. E tudo isso aconteceu porque milhões de alemães depositaram suas confianças a pouquíssimas pessoas que, cobertas pelo manto chamado justiça, foi capaz de concretizar os cenários mais horrendos que a humanidade alguma vez já registrou.

Até quando pessoas continuarão delegando suas confianças a líderes? Até quando irão continuar cometendo os mesmo erros que a história já nos mostrou muitas e muitas vezes serem desastrosos?

O estatismo, que está por trás de toda a destruição que já aconteceu em guerras, foi responsável pela morte de um número incalculável de pessoas, as vítimas do holocausto foram apenas uma pequena parte delas. Tenha sempre em mente que enquanto houver indivíduos encontrando a solução para os problemas dentro de teorias políticas coletivistas (estatismo, puramente falando) assassinatos em massa continuarão acontecendo abertamente acobertados por nomes como: guerra, libertação, etc.